quinta-feira, 10 de junho de 2010

ANA JÚLIA E O RETROCESSO DA DEMOCRACIA NO PARÁ

ANA JÚLIA PEDE A PRISÃO DAS LIDERANÇAS DO SINTEPP
A palavra “greve” remonta a Paris do século 19. Onde os trabalhadores reuniam-se na “Place de Grève” (onde se depositavam muitos gravetos trazidos pelo rio Sena) para a realização de seus atos por melhores salários.

A educação, que é um serviço público essencial prestado à sociedade, ela só existe porque há trabalhadores atuando dentro da escola pública. E para prestar um bom serviço, estes trabalhadores precisam de condições de trabalho adequado e uma valorização profissional que os estimule.

Quando vimos o poder público se descompromissar, não cumprindo com os investimentos necessários para oferecer um bom serviço fundamental que é a educação, o governo desrespeita a sociedade e vai à contramão dos discursos propagandeados na imprensa.

Um dos principais instrumentos de pressão para negociação em questões de interesse dos trabalhadores é a greve, respaldada no ordenamento jurídico da CF/88, que ainda espera regulamentação complementar, porém, os juristas entendem que apesar da falta desta regulamentação, existe um núcleo legal indissolúvel que é o direito à greve no serviço público. Para embasar este direito, a justiça usa a Lei Lei 7.783/89 (iniciativa privada), para justificar o não corte dos dias parados.

Mas o que a lei não disciplina, a ética e bom senso deveria orientar, baseados na história de vida particular e coletiva do Governo Ana Júlia, que nasceu dos movimentos sociais. Porém, presenciamos o retrocesso da democracia no Estado do Pará nos últimos anos que até, recentemente, tinha em suas cadeias públicas presos políticos, oriundos dos movimentos sociais, por conta da criminalização e perseguição de suas lideranças.

O Governo “democrático e popular” de Ana Júlia, não só vai para a história como o governo que mais perseguiu os movimentos sociais (embora seja filho dele), como num ato de arrogância e covardia pede a prisão do Secretario Geral do Sindicato. Assim, Ana Júlia deixa cair a máscara de vez e mostra como irá governar no seu desejado segundo mandato em relação aos movimentos sociais ou aqueles que ousam denunciar as mazelas provocadas por seu governo.

Uma das condições para sairmos da greve, era o não corte dos dias parados. Mais uma vez afirmamos que este governo não tem habilidade de negociar com os movimentos sociais. Foi assim, no governo Jáder Barbalho, Hélio Gueiros, Almir Gabriel e agora no Governo Ana Júlia que, aliás, não se diferencia em nada dos seus antecessores, pois usa sempre usaram da intimidação e ameaçar para impor suas vontades. Esta categoria não se intimida e nos dias 15 e 16 de junho, comparecerão em massa para acompanhar o PCCR que regerá sua vida funcional para o resto de suas vidas.

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